Praça Mário Filho
Localizado em uma das áreas mais charmosas e efervescentes da Zona Oeste do Rio de Janeiro, o projeto paisagístico deste restaurante à beira-mar insere-se no contexto vibrante da Barra da Tijuca — um bairro conhecido por sua paisagem deslumbrante, sua cena boêmia contemporânea e o encontro fluido entre cidade e natureza.
A intervenção teve como objetivo central a valorização de um trecho de espaço urbano subutilizado, transformando-o em uma extensão viva e qualificada da experiência do restaurante. Em diálogo direto com o calçadão e com o horizonte aberto do mar, o projeto paisagístico propôs uma nova mediação entre o ambiente comercial e a ambiência pública, diluindo os limites entre interior e exterior com leveza, elegância e generosidade.
Pensado para um restaurante que carrega um conceito sofisticado, mas despretensioso, o projeto traduziu essa essência por meio da composição botânica, da escolha de materiais e da lógica espacial adotada. As soluções paisagísticas buscam refletir o espírito litorâneo da Barra sem recorrer a clichês, combinando texturas naturais, espécies nativas e tropicais, e uma disposição orgânica que respeita o fluxo dos passantes e a contemplação da paisagem.
A paleta vegetal privilegia espécies adaptadas à maresia, com volumetrias suaves e variações cromáticas discretas, que evocam frescor, movimento e continuidade. O mobiliário urbano e os acabamentos dialogam com a estética praiana de forma sofisticada: madeira, pedra natural e tons neutros compõem um ambiente que convida à permanência e à conexão com o entorno.
À noite, a iluminação cênica e pontual revela o caráter acolhedor do espaço, reforçando a atmosfera boêmia do bairro e ampliando o tempo de uso com segurança e conforto. Cada detalhe do projeto foi pensado para não apenas servir ao restaurante, mas contribuir para a vitalidade urbana da região, promovendo encontros, permanência e experiências sensoriais de alta qualidade.
Mais do que uma intervenção paisagística pontual, o projeto reafirma a crença na cidade viva e compartilhada — onde arquitetura, paisagem e vida cotidiana coexistem de forma fluida. O resultado é um ambiente onde a natureza, o desenho e o ritmo da cidade se entrelaçam, criando uma experiência única de convivência à beira-mar.
