Equipe
História
A Múcua Arquitetura é a combinação perfeita entre o Brasil e a Africa. Fundado este ano pelo arquiteto e paisagista Lucas Teixeira, brasileiro nascido e criado no Rio de Janeiro, e pela arquiteta, urbanista, designer de interiores e cantora Cecília Marcos, angolana que veio para o país há 12 anos atrás, o escritório surge com a possibilidade de tornar o serviço de arquitetura em uma entrega mais acessível e afrocentrada para toda a sociedade.
​
“A ideia de juntar Angola e Brasil existe dentro de mim desde o final da minha graduação. Mas, para isso acontecer, eu precisava encontrar alguém que tivesse esse pensamento de resgate à cultura africana no Brasil e a vontade de levar essa brasilidade para Angola, numa perspectiva negra e identitária. Quando conheci o Lucas, meu sócio hoje na empresa, ele me chamou para uma live no Instagram no meio da pandemia, para falar da visão africana da arquitetura, coisa que já vinha pesquisando faz tempo. Então, por meio deste interesse mútuo de trazer à tona os conhecimentos arquitetônicos africanos, principalmente para o povo afrodiaspórico, surgiu a Múcua Arquitetura”, relembra Cecília.
​
Lucas complementa reforçando a importância de trazer referências sobre a real história do povo preto. “Nossas maiores inspirações são o povo preto, o povo suburbano, a África, a arquitetura africana e toda cultura. É muito enriquecedor desbravar o desconhecido não só para o grande público. Nos colégios e faculdades do Brasil, pouco se estuda a história da África, pouco é dito sobre a real origem do povo preto. Com o nosso trabalho, estamos mudando este cenário. Trazendo um pouco das nossas origens para o conhecimento das pessoas negras”.
​
O escritório oferece serviços de elaboração de projetos arquitetônicos, paisagísticos, de acessibilidade e de interiores, gerenciamento, acompanhamento e orçamento de obra, consultoria e assessoria, implantação e manutenção de jardim, entre outros. Como público-alvo, os profissionais almejam alcançar a sociedade como um todo, mas, principalmente, a população negra e periférica que tem pouco ou nenhum contato com este serviço.
​
“Penso que é muito importante que a nossa comunidade se veja representada em todos os lugares possíveis, ainda mais na arquitetura que é um curso ainda muito elitizado. Temos a certeza de que o caminho que estamos traçando com a empresa será repleto de inspiração para a nossa comunidade”, afirma a profissional.
​
O lema da Múcua é: ‘Onde os sonhos se tornam identidade’ e para trazer este pensamento para o cotidiano, Lucas e Cecília não buscam apenas desenvolver projetos, mas criar identificação do cliente com o trabalho realizado. “Não buscamos apenas desenvolver projetos de arquitetura, design e paisagismo. Buscamos identificação do cliente com o nosso trabalho. Não desenvolvemos um projeto com o nosso gosto e querer. Entregamos resultados de acordo com a história de vida do cliente, sua cultura, hábitos e costumes, sejam eles quais forem. Mesmo tendo a nossa ideologia e identidade, o escritório sempre trabalhará sobre a persona do cliente. Dessa forma, cada projeto será sempre único”, finaliza Lucas.
Ocupação Preta na CasaCor Rio 2024
​
Na edição de 2024, a CasaCor recebeu um grupo de arquitetos e estudantes de arquitetura. Essa iniciativa surgiu de uma parceria entre o escritório Múcua Arquitetura e o Projeto Arquitetas Negras. O objetivo da ação era gerar network entre os profissionais, promover diversidade, acessibilidade e criar novas perspectivas para essa geração que está chegando no mercado de trabalho na cidade do Rio de Janeiro.



